Montanhas colossais, arquitetura fascinante, mistérios seculares. Isso é só um pouco do que você verá no tour no Valle Sagrado dos Incas, nos arredores de Cusco, no Peru.
Neste vídeo do nosso YouTube, você pode sentir um gosto do quão incrível é o tour no Valle Sagrado. Veja!
Para ajudar você a decidir se vale pena esse passeio, explicamos desde a parte burocrática até a visitação nos próprios sítios arqueológicos. E adiantamos, é incrível, para entusiastas da histórica inca, teóricos dos alienígenas do passado ou simples turistas curiosos por algo diferente do usual.
- Organização do passeio (agência e boleto)
- Valle Sagrado vs. Machu Picchu
- O tour no Valle Sagrado dos Incas
- Outros sítios
- Viagem ao Peru
- Mais dicas para seu roteiro
Como organizar o passeio no Valle Sagrado dos Incas
Em resumo, você precisa resolver 2 itens para o tour no Valle Sagrado dos Incas:
- Contratar o passeio numa agência de turismo
- Comprar o boleto turístico de Cusco
Ambos os quesitos são facilmente resolvidos na própria cidade. Mas se você quiser se antecipar, pode pesquisar agência de turismo on-line, embora o boleto fique à venda só presencialmente.
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Agência de turismo em Cusco
Como abrange diversos sítios arqueológicos nos arredores de Cusco, o tour no Valle Sagrado dos Incas se realiza com agências. Isso porque é mais cômodo e seguro pagar pelo transporte com guia do que ir de maneira independente.
Nesse sentido, você pode negociar o passeio numa das dezenas de agências na Plaza de Armas e região. Nós pagamos S/. 50 (R$ 60), com almoço incluído, na Inkas Chacana, em março/2019, fase de baixa temporada. Logo, esse valor pode mudar conforme a época do ano. E ele não inclui o boleto turístico.
E sobre planejamento financeiro, separe um tempo para ver este cálculo detalhado de quanto custa viajar ao Peru!
#PIInforma: os valores e cotação (R$ 1,20 = S/. 1) correspondem a maio/2019. Como podem mudar com o tempo, use-os só como referência para a sua viagem.
Boleto turístico de Cusco
Para entrar nos sítios arqueológicos, é necessário ingresso cobrado à parte: o boleto turístico de Cusco, o qual se vende em duas modalidades, uma parcial e outra completa.
Se você for visitar apenas o Valle Sagrado dos Incas, e nada mais, pode comprar o boleto parcial, cujo preço é S/. 70 (R$ 84). Mas se pretende fazer outros passeios antes ou depois, deverá comprar o integral, a S/. 130 (R$ 156).
De todo modo, o preço total do passeio será a soma da agência, do boleto e do almoço, caso esse último não esteja incluído. Como o nosso era liberado e compramos o boleto parcial, ficou o total de S/. 120 (R$ 144): S/. 50 da agência + S/. 70 do boleto, preço barato!
O boleto turístico fica à venda no posto Cosituc (av. El Sol, 103), todos os dias, das 8h às 18h e na entrada dos sítios arqueológicos do Valle Sagrado. Então você pode escolher onde comprar, já que o preço é o mesmo em ambos os locais. A diferença é a fila, maior na bilheteria das atrações.
#DicaPI: saiba tudo sobre o boleto turístico de Cusco.
Valle Sagrado vs. Machu Picchu
Quem está tendo os primeiros contatos com informações de viagem ao Peru, costuma confundir esses dois passeios. De fato, Machu Picchu não fica no Valle Sagrado dos Incas! Logo, são diferentes e impossíveis de visitar no mesmo dia, por causa da longa distância entre eles. O único ponto em comum que ambos têm é a genialidade da arquitetura inca, que você terá a oportunidade de ver de perto, cada um no seu momento.
Parte prática: o tour no Valle Sagrado dos Incas
A rota e os horários variam de acordo com a agência e o tipo do passeio. Este relato corresponde ao passeio que realizamos em nossa primeira viagem ao Peru, em março de 2019. Para você ter ideia, na segunda ida, em julho, a sequência do tour já foi diferente. Mas isso não atrapalha em nada a experiência!
De volta ao tour, nosso passeio começou às 8h30, com previsão de volta às 19h30 em Cusco. Alguns minutos antes da partida, o grupo se reuniu na Plaza de Armas e caminhou até o ponto do ônibus, a uns 4 quarteirões. Isso porque veículos grandes não podem circular nessa região turística.
O itinerário programado era:
- Písac
- Urubamba (almoço)
- Ollantaytambo
- Chinchero
Em média, gastávamos 1 hora e meia de viagem entre um sítio arqueológico e outro.
Por sua vez, a permanência nos sítios variava entre 1h e 2h. Ora o guia explicava, ora nos deixava livres para explorar o local, tirar fotos e fazer compras.
Todos os sítios arqueológicos têm banheiros disponíveis gratuitamente.
#PIInforma: o Valle Sagrado dos Incas é formado por diversos sítios arqueológicos. Porém só visitamos alguns, devido à disponibilidade de tempo. Sendo assim, atente-se, pois você pode fazer este passeio relatado aqui e os adicionais em outros dias.
Písac
Chegamos à primeira parada após 1 hora e meia de viagem, pela rota mais longa, visto que a principal estava em reforma. Durante o caminho, o simpático guia Amadeo explicava curiosidades gerais e esclarecia dúvidas sobre o tour no Valle Sagrado dos Incas.
Písac é dividida em 2: a moderna e a antiga, antes habitada pelos Incas e Pré-incas. Numa rápida parada na moderna, conhecemos 3 curiosidades regionais:
- Forno próprio para cozinhar porquinho-da-índia (cuy), prato tradicional peruano e popular nessa cidade (sabendo que aqui é um bichinho de estimação, o guia pediu para compreendermos a diferença cultural)
- Peças de prata e técnicas para identificar a legitimidade do metal
- Concha que ajudava os Incas a preverem o fenômeno climático El Niño
Em seguida, subimos 400 metros na montanha (de ônibus!) até primeiro sítio arqueológico no passeio do Valle Sagrado.
Logo na entrada, havia o posto para comprar/verificar o boleto turístico. Mas o que chamou a atenção mesmo foram os vendedores, cujos preços eram os menores que encontramos em toda a viagem.
A diferença para um gorro, por exemplo, chegava a S/. 15 (R$ 18) a menos, comparado aos mercados Inka Market e Indian Maket, em Lima! Por isso, o melhor lugar para comprar artesanatos baratos não só no tour do Valle Sagrado dos Incas, mas na viagem toda!
Já no sítio de Pisaq, o guia explica rápida, porém claramente, sobre o local. Então nos libera para explorar livremente as ruínas por 40 minutos. Os mais de 3 mil metros de altitude não foram problema, mas pegamos leve nas caminhadas e sempre fazíamos pausa para respirar com calma.
Também vale ter cuidado ao subir os estreitos degraus que levam a vistas deslumbrantes.
Almoço em Urubamba
Quanto à comida, o restaurante varia de acordo com a agência contratada e outros fatores, como o dia da semana. Portanto, a sua experiência pode ser diferente da nossa. Contudo, é certo que fará a pausa para o almoço.
Nós ficamos 50 minutos no Don Angél Inka Casona, no qual era bufê livre, em self-service. Por isso, excelente oportunidade para experimentar pratos típicos peruanos, como ceviche, arroz com mariscos e sopa de quinoa.
Ao final, como estava incluído no passeio, só deixamos o voucher na mesa e seguimos para Ollantaytambo.
Ollantaytambo
Nessa charmosa cidade, demos logo de cara com as gigantescas construções, que parecem uma escada. E ainda dentro do ônibus, o guia orienta aqueles que tomarão o trem para Machu Picchu na estação local. Essa prática é bem comum, e os horários coincidem, já que o tour em Ollantaytambo termina às 15h e o primeiro trem depois disso parte às 16h.
Ollantaytambo também tem um posto de compra do boleto turístico, se por alguma razão lá for a primeira parada do passeio. Ali, o guia nos acompanha o tempo inteiro, mas sempre dá um tempo para as fotos.
O ponto mais curioso foi a ênfase no fato de que aquelas eram construções humanas, não de extraterrestres. Isso porque programas famosos, como Alienígenas do Passado, do History Channel, difundem teorias assim. Na verdade, alguns guias chegam a se irritar com a suposição de que ETs ajudaram os Incas.
Um dos destinos favoritos de mochileiros no tour do Valle Sagrado dos Incas, Ollantaytambo é repleta de hostels, hotéis e restaurantes. Por isso, muita gente pernoita lá, seja para seguir cedo a Machu Picchu no outro dia, seja para curtir a animada vida noturna do local.
Chinchero
O caminho para lá rende belíssimas paisagens no ônibus –, esse local tem traços claros do domínio espanhol sobre os Incas. Após andar por vielas tão silenciosas e tranquilas que o som dos passos ecoava, chegamos a uma igrejinha, dessas simples por fora e impressionantes por dentro.
As pinturas e adornos internos misturam estilos árabe, espanhol e Inca, com mais de 400 anos de existência. De certo modo, o estado mediano de conservação contribui para a autenticidade do monumento. Pena que proíbem fotografar e filmar lá dentro.
Ainda nesta etapa do passeio, paramos no mercado de tecidos Pallay K’Anchariq, no qual artesãs explicam algumas técnicas de pintura e tecelagem ancestrais ainda utilizadas. O que impressiona é a eficiência no uso de recursos naturais para limpar, pintar e manipular tecidos. Após as explicações, uma volta no mercado para compras – um pouco mais caras que em Cusco, mas com maior variedade de opções.
Já de noite, com o céu repleto de estrelas, cujas vista da janela só se interrompia frente às altíssimas montanhas pelo caminho, retornamos a Cusco no horário previsto: 19h30. Então passamos em um restaurante e seguimos para nosso hotel.
Assim foi nosso tour no Valle Sagrado dos Incas. Achamos que valeu muito a pena, pois serve como introdução para a impressionante história desse povo. Por isso, se você tiver poucos dias em Cusco, recomendamos que faça ao menos esse passeio. E se puder curtir o circuito completo, melhor ainda.
Outros sítios
Embora não tenhamos incluído neste tour, você pode fazer diferente e ainda visitar mais 2 sítios no mesmo passeio.
Moray
Não se sabe ao certo a finalidade desse curiosíssimo local. Porém, os estudiosos afirmam se tratar de um laboratório de agricultura inca. Isso porque Moray oferecia diferentes condições de climáticas em cada nível dos terraços, de modo que era possível experimentar vários tipos de plantações.
A profundidade em relação a superfície de onde se observa chega a 100 metros!
Para entrar nesse sítio, você deve apresentar o boleto turístico.
Salineras de Maras
De perto ou de longe, impressiona o visual dos centenas de poços de extração de sal, que misturam o branco a diversos tons de vermelho, contrastados com o verde das gigantescas montanha ao redor.
Para além da vista exótica, as pessoas ali empregam os mesmos métodos de incontáveis anos atrás. Por isso, é um portal do tempo em todos os sentidos.
Você pode observar de cima ou ir até o local, de onde será impossível sair sem ceder à tentação de comprar nem que seja um pacotinho do autêntico sal de Maras.
A entrada não está inclusa no boleto turístico, portanto os locais cobram uma taxa de S/. 10 (R$ 12). E com relação ao transporte, é possível visitar as salineras no mesmo tour do Valle Sagrado dos Incas ou de maneira independente, em outro dia. Para tanto, saem passeios de agências e até táxis/Uber.
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